A estrada se tornou nossa (Por: Artur Gomes e Leandro Costa)

O que eu preciso é uma dose de realidade para saber que eu estou certo nessa história toda, que aqui não sou eu quem deve pedir desculpas todas as horas em qualquer conversar, que não devo correr atrás do que nós queremos sozinho.

Há uma estrada bem a nossa frente e cabe a nós decidirmos se seguiremos adiante ou se vamos preferir deixar todas as palavras já ditas nas lembranças. Essa estrada se tornou um caminho nosso e por ser nosso não pode um só decidir para onde vamos ou aonde vamos nos encontrar. Escolhas como essas devem partir da atitude de ambos, porque nem sempre o tempo pode decidir tudo e por todos.

A verdade é que só um está remando e o outro está de olhos fixos em outro destino, tentando remar contra suas correntezas pessoais e querendo seguir sozinho. A verdade é que a amizade poderia prevalecer, mas é da confiança que surge a amizade e se um não confia, não há nem amor, nem amizade.

O sentimento tem tomado parte de mim, ou não só uma única parte, mas tem me tomado por inteiro, tem deixado rastros que preferia que fosse algo menos doloroso, mas assim como a razão não escolheu você, não sou eu quem pode fazer essa dor passar porque o coração resolveu por mim e não ser correspondido é a mais dura forma de entrar nessa estrada com você.

A estrada é nossa, mas tem se tornado minha, porque só um tem tentando buscar o outro desde o princípio. Espero que no próximo capítulo você esteja comigo, porque pra mim, já está se tornando impossível e demorando demais tudo acontecer.

Eu podia ter tomado um caminho diferente mas escolhi lhe dar as mãos e ti segurar comigo, mas a vida me ensinou que não posso segurar sua mão e querer que você siga o mesmo caminho que o meu, eu posso ti dar um sorriso e torcer para que seu coração sorria de volta, eu posso ti mostrar o caminho mas quem decide se segura minha mão ou si segue sozinha é você e ninguém pode fazer isso por você...
eu estou aqui de braços abertos resta saber si você vai seguir a minha estrada.

Aqui dentro mora um garoto. E dentro desse garoto moram todos os sonhos. Dentro de cada sonho mora uma nova esperança. E dentro de cada esperança moram as próximas conquistas.
Pensava em como não podia viver sem alguém "para amar" e hoje penso em como posso viver com alguém se eu não me amava a ponto de me dá valor.
O valor é algo que adquiro por mim, é algo com o qual nasci, mas com o qual só permaneço se fizer o possível para viver com orgulhoso de ser quem eu sou, viver por mim e aprender com quem tenho que aprender porque seguir não tem sido tarefa fácil.
Tinha medo, tinha insegurança, mas ainda gosto de "pisar em terras firmes" e "do pé no chão", e das coisas certas. Não querendo dizer que sou ou faço tudo certo, mas que procuro acertar sempre porque o futuro é algo que talvez não exista. E é por essa certeza que hoje me faço autossuficiente para viver a MINHA vida. 

Estou alegre, de bem com a vida, centrado em mim mesmo, pode parecer egoísmo, mas uma coisa que tenho aprendido ultimamente é que se não estou feliz comigo mesmo, não fico feliz com mais ninguém.
Me choca abusos de poder, falsidades e traições que permanecem sem soluções, me choca ver pessoas imaturas sem oportunidades de aprendizado, a vida dando lições e a pessoa achando que o problema está no mundo, nas pessoas ao redor.
Passei a vida toda valorizando opinião alheia, não desenvolvi a minha própria aprovação pois precisava que terceiros reconhecessem o meu valor. Por muitas e muitas e infinitas vezes tive todas as minhas energias sugadas, escravizadas pela minha bondade de ajudar o outro mesmo não ajudando a mim mesmo. Passei a compreender como a vida funciona, é preciso estar no amor para ser amor, estar em paz para levar a paz. Eu precisava compreender a lucidez, precisava de desafios para atingir meus objetivos secretos. Precisava aprender a respirar ofegantemente, contar até 10 e acalmar a alma quando era contrariado e me sentia injustiçado, quando me anulava para tentar agradar alguém, quando me colocava diante dos fatos ao meu redor com a sinceridade, firmeza e independência de sempre, atentando que eu colheria todos os frutos das minhas atitudes e que não ia adiantar eu tentar achar culpados.
Aprendi a duras penas que eu demonstro amizade, respeito e amor sem me tornar servil ou vaquinha de presépio, sem dizer sim a tudo, sem me colocar em segundo plano. Descobri que as pessoas me respeitavam mais por eu ser eu mesmo do que por eu ser aquela pessoa que só queria agradar, só queria aprovação, respeito e valorização.
Quando sinto que alguém está invadindo minha intimidade, não me acanho em conversar sobre isso. Eu aprendi a colocar limites nas minhas relações afetivas, se eu não impor limites as pessoas não saberão até onde podem ir.
Os mais ousados dominam os tímidos, os mais falantes dominam os quietos, os líderes dominam os liderados, eu quero dominar meu cérebro, minhas escolhas, minhas atitudes e minha vida.