As duas partes de mim

Ultimamente, tenho sido um tanto positivo-acho que tudo vai dar certo, acordo com um sorriso no rosto e não tenho medo. Eu sei que nada é assim...

Sabe, isso é só um efeito; a consequência de te ter; mas é tudo ilusão, como um sonho.

Daqui alguns dias tudo vai voltar ao normal, meus sonhos ficaram pretos e brancos novamente, vou ter medo de acordar novamente, vou deixar de acreditar nas pessoas novamente, e meus olhos se encherão de lágrimas a cada palavra dita... Novamente.

Quer saber? Posso conviver com isso, é apenas uma prova de que tudo era real, e de que depois do fim, meu coração mesmo que remotamente, ainda bate. Isso significa que eu sou forte, não é? Ou que sou tão praticamente fraco que não consigo tirar a vida nem de meu próprio corpo.

Quer saber meu maior dilema? As duas partes de mim, a luta interna que acontece nos cantos mais obscuros da minha alma. Uma pequena parte, que na minha ignorância, nomeio como parte viva, diz: “levanta a cabeça e viva um dia de cada vez”. A outra, nomeada por mim de parte morta, diz: “se entregue aos vícios narcóticos e se entorpeça”.

E essas são as minhas opções: o fácil e o difícil, o claro e o escuro, o certo e o errado. Na verdade, acho que o conceito da palavra errado não se encaixa aqui. A palavra conveniente caberia perfeitamente. Afinal, há um grande abismo entre as palavras errado e conveniente, cada um deve saber o que é conveniente para si mesmo. Pois a palavra errado não tem o mesmo significado para todos.

Então, você diz: “tudo bem, só tenho que escolher o que é conveniente para mim e vai ficar tudo bem”. Acho que agora é a hora de te dizer que existe um outro abismo, agora entre as palavras certo e conveniente. Quase nunca a vida vai te presentear com uma decisão certa e conveniente. Você sempre terá de escolher entre fazer a coisa certa ou fazer o que te convém. UM CONSELHO: Seja forte; UM FATO INCONTESTÁVEL: Os fracos nadam a favor da correnteza, os fortes, contra ela.